Tínhamos estado com estes amigos em sua casa, já há algum tempo: 2008, num mês de Março em que chovia muito mas a Primavera acenava em todos os cantos. Voltámos em Janeiro 2011, ao aconchego da casa e do conhecimento. Tão bom quando as conversas são soltas e intermináveis!
Um sítio improvável, às voltas dos montes, até tem um castelo ao longe. O casal que conhecemos fez de uma casa de pais antigos, em plena aldeia, um belo refúgio, cheio de histórias, livros. Um verde-lugar.
O espaço que diz tanto de quem o ocupou e ocupa
O gato que havia, solene, fugidio
O passeio pelos campos adiante
Cheguei a imaginar - e tentar - arranjar por ali "um lugar"
Um regato, ruínas, os musgos de chão e árvores
Um gato ao acaso
E esse tempo que ficou, memorizado. Virado ao céu, dos desejos por cumprir, por preencher. De realidades, nuas e solitárias como um tronco perdido.
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