Tenho gosto em recuperar memórias mas muitas vezes me aparecem pontas soltas que não dão agora informações precisas. Como encontrei ou descobri esta casa? Ando pelo mapa, pelas estradas e ruas e nada reconheço. As ruralidades-turísticas, os anúncios, os lugares de pousio e vistas, são inúmeras. Apenas as fotografias me explicam "o espaço e o tempo". E algum cartaz de estrada.
Acho graça a ter visto nomes como Rua de Além do Ribeiro, Travessa da Malga...
A casa de aldeia era antiga mas modernizada. A parte que alugavam - mais uma história, de patos-bravos - era anexa à principal, com passagem mas independente, e com vistas bonitas. O aluguer contava-se "por noites", quer dizer, numa semana ou outra, sem garantia de reserva, e paga antecipadamente. Muitos "quês" e uma fasquia elevada para lugar tão remoto. Era a mãe que falava pela filha que se encontrava algures, fora.
Recantos da "casinha"
Gostei muito da vista para as vinhas e do quarto monacal
As mobílias antigas recuperadas
A varanda
E depois, foi sair pela aldeia, pelos caminhos sobe-e-desce, a notar a geometria das pedras e o abandono dos lares
Recantos de penumbra e mistérios de passagem
Datas...
Um modesto pelourinho num recanto, sobre uma pedra, e os anelantes devaneios de um frontão de porta
Os poemas em flor que guardam as portas fechadas
Aprendi que o rio Cavez é um afluente do Tâmega
Belos e amarelos, os caminhos
E, como sempre, salva-se o que se recolhe em beleza, sossego e imagens.
No comments:
Post a Comment