Ainda passeando pelo espaço da velha quinta/palácio, as molduras em cerâmica de Bordalo, de frutos apetitosos. Um mestre ali lembrado, com uma arte natural tão sua, uma ironia e acuidade notáveis.
Nestes pormenores, as orelhinhas acima e o diabinho da gola abaixo, fica-me o olhar preso
Vamos andando para a Adega propriamente dita que também tem muito que ver! Começo pelas minhas amadas oliveiras à entrada: transplantadas antes da inundação de água da barragem do Alqueva, algumas com milhares de anos, viçosas todas. E sempre me vêm à lembrança os "ódios de estimação" que grassam neste país... que falar no Comendador Berardo e nos seus feitos e aquisições é como atear um fogo de más vontades e desprezos. Felizmente não fizemos visita guiada, o que para mim é sempre uma seca, gosto de andar calmamente e apreciar apenas o que me interessa.
Ao procurar agora informações sobre estes transplantes de oliveiras, só encontrei maledicência... incrível que se apaguem gestos de tanto significado e que vão permanecer na nossa memória colectiva por muitos mais anos que o palavreado dos "puristas" e intelectos da nossa praça.
1 comment:
Um espaço lindíssimo. Pormenores arquitetónicos interessantíssimos As molduras de Bordallo Pinheiro são uma beleza. M
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