Com quatro vontades a juntar-se e oito pernas antigas adicionadas a olhos curiosos, lá fomos descobrir mais uma preciosidade.
Pelo caminho, quando as flores enfeitam ameias em lugares decadentesChegando ao pequeno Jardim Augusto Gil, gostar da estátua tão terna (autor desconhecido) de "Mãe e Filho", 1957.
E continuando, reparar no capricho destes azulejos, de loja com um nome que já não se usa.
O nosso propósito era o Bairro Estrela D' Ouro. Construído nos inícios do ano 1900, por ordem de um industrial de confeitaria, galego, - fabricante de biscoitos e mais tarde dono de restaurante(s) - Agapito Serra Fernandes, para alojar os seus trabalhadores. Acho que, se calhar, merecia um livro, este homem e este feito. Eu, pelo menos, teria curiosidade em saber mais sobre este senhor. São 120 casas, com nomes dos seus familiares, em ruas e disposição harmoniosas.
Há pormenores deliciosos, nas escadas, nos ferros forjados, nas estrelas da calçada. Aqui lembrei-me da minha querida avó Vitória que tanto gosto tinha nos seus vasos ao pé da porta.
A casa dos proprietários é muito bonita (agora um lar de idosos), com jardim e horta, muitos pormenores Arte Nova e azulejos. Digamos que, sendo e caminhando para "idosa" e exceptuando a casa em que vivemos, era um lugar onde gostaria de acabar os meus dias. Falo do que sinto hoje que o passeio foi há 13 anos!
Conversamos com o guarda que lá estava: deixou-nos andar livremente pelo lugar
Dali, descemos serpenteando pela Mouraria, uma das escarpas das colinas de Lisboa. Faz-me impressão que o "típico" seja sinónimo de sujidade e abandono. Havia uma exposição de fotografias antigas pelas paredes. Talvez agora esteja diferente...
Gosto sempre de Bordalo!
1 comment:
Reconhecendo lugares. Assim se recorda.
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