Um (doce)amigo nos levava a conhecer lugares, as crianças iam connosco passear, era um tempo verde. Também vermelho-cravo. Um lugar onde parávamos sempre que "a ponte", o Sul... a casa dos amigos em Lisboa.
E depois "da Gulbenkian" eu perguntava: mas vocês em Lisboa têm este museu aqui e nunca disseram nada??? Isto é "como lá fora!" (na altura, só conhecia Londres e Paris).
Os (re)cantos, os painéis de madeira mel e nobre, a luz vertical, a luz difusa, o espreitar das plantas, o labirinto das árvores e águas: além de TUDO, a colecção, a cerâmica, os quadros, a arte islâmica, as miniaturas, a arte egípcia, as esculturas, as tapeçarias. Os livros. Soube assim que a Arte era (também) nossa, em Portugal. Que fôramos escolhidos para juntar as raridades e peculiaridades dum homem (do mundo, do dinheiro, de tão longe) ... que...
E que tínhamos uma das melhores colecções do mundo de jóias e vidros Arte Nova, de René Lalique, o escultor que parecia esculpir o ar.
Rodin, também!
Desde então, a Gulbenkian é-me um LUGAR de afectos. Sempre longe e sempre perto.
1 comment:
Chez les artistes la beauté des choses.
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