Wednesday 21 January 2015

Roma IV

Os Museus Capitolini são afinal, dois palácios: o Palazzo Nuovo e o Palazzo dei Conservatori, ligados por uma galeria subterrânea. Nesta galeria estão expostas estelas e monumentos funerários (e eu sabia que ia passar sem grande atenção/tempo até porque conheço exemplares magníficos no Museu de Odrinhas ou em Mérida).

Mesmo assim, encantaram-me estes pés votivos.

Os tectos são tão preciosos como o que é exposto: impossível reter o céu - anjos, demónios, santos, guerreiros - das pinturas, das esculturas, os "trompe d'oeil", o gesso como a renda, os trabalhos em madeira.





As estátuas olham-nos com os seus olhos aparentemente vazios: e contudo sente-se o olhar dos séculos, dos deuses, dos aristocratas, dos filósofos, das crianças. O que é espantoso de perceber na passagem, olhares que nos fitam de perto: afinal é pedra trabalhada, tomada forma há tantos séculos. Que nos dizem da vida antiga, estas órbitas cegas?























Iria jurar que os senti graves, duros, inquietos, alegres, sedutores, aguerridos, travessos ou ternos.

No comments: