Wednesday 2 March 2016

Paris 2015-67 - Champs Elysées

A caminhar para ver de perto o Arco, o do Triunfo.
(mas lembro-me muito dos anos negros de Hitler e o ritmo das passadas dos soldados nazis naquelas avenidas, os filmes do terror e da resistência)




As esplanadas por ali são apelativas e muito caras: nem para um café ou cerveja que, aliás, nem servem "assim do pé para a mão".
Não gosto, fixei-o pela incongruência!


E pronto, a desesperada figura com que às vezes nos sobressaltamos nas ruas, mesmo as de luxo (ou se calhar, intencionalmente): como é possível? Existir alguém assim e "a sociedade" permitir que haja? Neste momento e agora, lembro os (outros) migrantes que assomam, e forçam na sua trágica caminhada, os caminhos da Europa.





Entretanto, parada um pouco perto desta loja de "malas e acessórios", um espanto o corrupio das pessoas dos mais diversos cantos do mundo - perceptíveis pelas línguas, pelo vestuário, pelo ar de - e sacos de compras,
sendo, naturellement, também lugar de Ferraris. Estes, para testes acompanhados e adrenalina, 90 euros uma voltinha...

(juntamente com a miséria no chão, esta publicidade na janela de um banco vem a calhar: "L'offre et la demande")
De olhos baixos - "La mer"? - ante tanta riqueza, olhando os pequenos centauros brincando.

E, já agora, o riso que vi; e a indiferença.



Glórias em pedra: a República e a Revolução Francesa (1789-1799), com todas as modificações boas, convulsões sociais (e guerras) que trouxe à Europa. Conhecemos o slogan há muito, na sua essência é um desejo ainda actual: "Liberdade, Igualdade, Fraternidade". Se fosse seguido...
Procurando artigos sobre a Revolução Francesa, encontrei uma informação curiosa mas estúpida, perversa como o regime instalado em França durante a 2ª Guerra Mundial: na área ocupada pelo Governo de Vichy este lema foi substituído pelo "Travail, Famille, Patrie". O que me faz logo lembrar o Estado Novo "Deus, Pátria e Família" e "uma casa portuguesa, com certeza"!



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