Thursday 3 March 2016

Paris 2015-68

Para o lado oposto se segue, procurando refeição acessível: só mesmo a sopa Phô...


Gosto sempre de comparar os preços das coisas comuns.Tiro as minhas conclusões, geralmente que, para viver no dia a dia e normalmente, temos preços que nos penalizam. Isto calculando que o nível de vida francês é mais elevado e que ganham muito mais que nós.


(re)conforto!
E fiquei a saber o que se passava no Champs de Mars: Journée mondiale des oubliés des vacances, ou seja, uma jornada de solidariedade para famílias com crianças que não têm férias. Ao ler a informação, lembrei-me das "colónias" do meu tempo, isto é, a tal de Europa, países supostamente evoluídos, ainda está assim? 
Sem pretender visitar os túmulos de pessoas famosas (tantas: Oscar Wilde, Proust, Chopin, Edit Piaf, Jim Morrison - morreu em Paris em 1971 - Colette, Balzac, Delacroix, Modigliani...), tinha na ideia visitar esta referência da morte e da vida: o Cemitério Père Lachaise. Lugares que (também) habitam a minha imaginação. Até porque daí poder-se-á dar mais uma volta na cidade e descer para e pelo Marais.

Os extraordinários contrastes da civilização, a desarmoniosa realidade.

O cemitério onde havia muitos turistas, como eu, com respeito e admiração: são lugares de paz (se pudermos suportar...) e as esculturas são muitas vezes hinos de saudade e amor. Este é enorme, fica-se pelo início das áleas sombreadas.

Ainda cá fora, novamente as belas fontes de água de Paris.




Lá e em todos será: a memória e o esquecimento. 

Um nome português entre os ilustres.
Quem seria? Que motivação (de viagens?) teriam para colocar esta escultura?

Ainda hoje se fala do assassinato em Paris deste homem, comunista e anti-colonialista: Henri Curiel. Intervenções pela paz no Egipto, na Argélia e mediador no conflito israelo-palestiniano.

Este símbolo comoveu-me.


Ficam na lembrança, não seca nunca a memória, dos nossos desaparecidos.



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