Não sou apreciadora de todas as obras de Picasso: reconheço a tremenda transformação que trouxe à arte, da pintura, da escultura. Isto nos anos 1900 e por aí adiante até 1973, quando morreu. Lembro-me perfeitamente, nos anos 50/60, das notícias dos seus egoísmos e escândalos, casos, paradoxos e discussões públicas. "Chercher la femme" e vangloriar-se disso, parecia ser uma tendência natural nele.
Gosto de coisas "mais doces", mais naturais ou naturalistas??? e muitas das suas pinturas me confundem, me deixam perplexa...na sua desconstrução de figuras humanas. Como pessoa, e li vários livros ou ensaios sobre ele, também não era "flor que se cheirasse": mas era um homem apaixonado, pela sensualidade, pela vida, pela liberdade, pela paz, pela imaginação à solta. E era, definitivamente, anti-franquista e libertário.
"Guernica" e "Che" acompanharam-nos a adolescência como um forte mas comovido protesto contra a ditadura, o fascismo e a violência.
Foi esta curiosidade pelas diversas coisas lidas e ouvidas, pelos períodos vários por que passou a sua arte, desde a pintura, à escultura, à cerâmica, que me levou demoradamente por este museu adiante.
Pelas mil e uma caras de Pablo Picasso (lembrando que viveu entre 1881 e 1973, tendo atravessado anos intensos de transformações mundiais)
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