Moura e Alqueva II

Da Igreja, sai-se para o sol pleno, para o largo principal, com a Fonte das Três Bicas,

e a entrada para o Jardim Dr. Santiago (homenagem a um médico, presidente da Câmara séc.XIX). Situado numa encosta do lado norte do castelo, foi ampliado em 1892, construídas as Termas em 1899, alimentadas pelo manancial de três nascentes no interior das muralhas: e assim tomam o nome de "Águas do Castello". Não fazia ideia...

O jardim é muito frondoso e de boas vistas, sobre parte do Alqueva, rio Ardila e Vale de Brenhas.
Um lago e a representação-miniatura da Torre do Castelo, a tal do desgosto amoroso da Moura Salúquia

O Coreto, bem recuperado e ao longe parte do Alqueva.

E bordejando uma parte do "Grande Lago", deixamos Moura-morna.
O projecto do Alqueva foi iniciado há mais de 50 anos e concluído apenas em 2002. Ligações para irrigar as terras, ainda muitas por fazer.
Que dizer? Na verdade o Alentejo está diferente, mais turismo e estruturas de lazer, mais campos de cultivo: esperemos que a beleza e sanidade, da paisagem e da terra, permaneçam. A mim, tão leiga na matéria mas lendo e falando com as pessoas de lá, (a)parecem-me lugares de luxo e demasiadas culturas sistemáticas, de lucro rápido e fácil. Mesmo os vizinhos espanhóis fazem "a sua perninha" do lado de cá, por exemplo, arrancando olivais muito antigos e substituindo-os por mono-culturas de vida curta. Vi-as agora perfeitamente, os troncos velhos cortados e as novas plantações já preparadas para "a máquina" de varejar e transporte: chamam-lhe produção super-intensiva. Não haverá maneira de equilibrar o homem e a natureza, nesta terra...  
que não temos outra?

Pelo caminho e para norte, mesmo as fotografias completamente à sorte, dão-me, a mim que as vejo e lembro, pinturas e aspectos extraordinários.

E quanto mais se andava mais nuvens se juntavam,

e esta imagem não é uma árvore: é mesmo um raio de trovoada!

Deixo estes lugares a que hei-de voltar, com mais olhos, com mais fome de diferentes aspectos.