Saturday, 18 November 2017

(de Serpa para) Moura e Alqueva I

De museus, ruas e hábitos de mouros, lagares antigos e espólio de escavações... nada vi. Sem tempo, a Moura e arredores merecia que se ficasse uns três dias, tais são as belezas naturais e arqueológicas, dentro da cidade e à volta.
Repara-se que a bonita igreja de S. João Baptista está cheia de sol: séc. XVI, reconstruída mais tarde, mantém o belo portal manuelino que lhe empresta para sempre a imponência "do império": "as armas e os barões assinalados".


O varandim exterior, em mármore, servia para dizer missa para os reclusos da (que foi) cadeia, em frente.

Gostei particularmente desta igreja, do desenho simples e elegante, do seu deserto silêncio: e também por a poder ver ao encontrá-la aberta, o que raramente acontece nas igrejas ou monumentos idênticos, por esse país interior.
Até pude tocar no sino!


Reparei em particular na "Capela das Almas", com os seus azulejos tão bonitos, os votos, as imagens alegóricas de algumas das virtudes, em desuso, digo eu...

A placa tem o nome e a data: 1650!



O que consegui ler e fotografar, como imagens de um tempo tão recuado: andemos iguais, temperança, prudência, caridade, crer e obrar.
Uma maravilha, uma crença de promessas, desejos e mensagens que me encantou o espírito.


1 comment:

M. said...

I presume misturaste passado e presente.