Monday 13 November 2017

Por Beja - para Serpa 2009

(re)Pegando na Serpa que fui conhecendo.
Desta vez, de passagem, acompanhando parte do caminho que a família "do lado de lá do mar" fez de volta, e passeando um pouco em Beja. A "Pax Julia" dos romanos, ao que se julga, de fixação já anterior, de origem celta 400 a.C.
Perdida lá no meio do baixo Alentejo, vai-se de longe, sem grande vontade de percorrer mais caminho naquelas estradas muito más. Verifiquei agora - 2017 - que, nos traçados abandonados e nos viadutos cheios de ferrugem, os trabalhos tinham sido retomados. Fiquei esperançada que a mortalidade daquelas estradas e a solidão dos lugares se alivie a partir de agora.
Lembro-me de ter lido há muitos anos que era zona com uma taxa de suicídios muito elevada.
Terras de luta, pobreza e enormes disparidades sociais, sabia-se pelos ecos abafados da imprensa censurada e por tantos livros "proibidos". Muitos nomes.
Conhecendo o garrote político que ostracizou e castigou as opções políticas do chamado "celeiro de Portugal" salazarista (anos 1930 a 1969), mais me apeteceu prestar atenção aos lugares míticos. Beja seria um deles.
No caminho


Paragem para falar com o pastor e ver os animais: um bezerro pequeno depois de mamar e a esticar-se na digestão, uma graça!

Ermida de Santo André, resplandecente do branco alentejano, estilo gótico mudéjar

Castelo de Beja medieval, com a sua torre de menagem gótica, a mais alta do país, com 40 metros. O tom dos líquenes da pedra velha dá-lhe um aspecto lindo, como se pinceladas de ouro.


Lembrando o 25 de Abril e a Reforma Agrária



Arco romano, junto ao castelo
Com aquele sol de fim de tarde, parte do castelo e a Sé de Beja


As ruas de labirinto e os portais das casas e janelas, de apontamentos tão bonitos.



Com a lua e os tons do fim de dia, largamos Beja,

em direcção a Serpa
A chegada para o conforto e o jantar, num restaurante com um ambiente familiar e típico, das coisas que aquela terra dá: vinho, azeite, enchidos, queijos... e pão para as "especiais migas à alentejana"



Uma voltinha nocturna,

vendo as oliveiras. Árvores que são cuidadas e conservadas em Serpa, o que haveria de (muito) ver depois!

1 comment:

Diana Fonseca said...

Adoro tudo na publicação. A natureza, os monumentos, a comida ainda mais. Gostei muito.