"A Noiva Judia" de 1665, pintura a que acho muita graça, no colorido e na ternura, pensando no ano em que foi pintada
Rembrandt pintou 40 auto-retratos... pensando que não havia fotografias, esta seria a sua forma de se memorizar para o futuro? ou uma grande auto-estima? Tem uma oposição de luz/sombra que a mim me parecem idênticas às de Caravaggio (1571-1610), seu antecessor italiano. Rembrandt foi célebre e rico, um mestre da pintura à época, com atelier e muitos alunos, tendo contudo desgostos amorosos e financeiros no fim da sua vida,
Auto-retrato de 1661 e, mais novo, 1628
Retrato de seu filho Titus, 1660
"Conspiração" ? (duas criadas espreitam/falam à porta? e não encontro a placa do pintor, eventualmente em outra sala)
e os "Síndicos da Guilda dos Fabricantes de Tecidos", 1662, este sei que é de Rembrandt.
Mas o que me fascinou nestes quadros foi o rigor religioso das caras e das vestes e, sendo idênticos, os olhos das austeras figuras seguem-nos através da sala: experimentei e sim, olhavam para nós, à direita e à esquerda...
"Musical Company", 1626
"Portrait of a Woman", 1639, possivelmente Maria Trip, filha de um rico mercador holandês
uma expressão, uma pintura maravilhosa nos seus pormenores!
Creio que o nome completo será "Jeremias lamentando a destruição de Jerusalém", 1630
1 comment:
Sento-me por momentos a descansar num banquinho ali ao canto da sala e eles, os tais amigos de Rembrandt, não deixam de me olhar. Nem ouso levantar-me, não vão eles seguir-me os passos. Não valeria muito a pena a aventura, estão melhor dentro do seu passado. Os poderes dos nossos dias na União Europeia talvez não lhes agradassem. Talvez uma das únicas coisas comuns entre estes senhores e alguns de agora seja o uso do chapéu versus bonés, de preferência com a pala virada para trás, que alguns homens mantêm na cabeça dentro de espaços públicos interiores. Mas isto é mesmo assim, a História tem as suas histórias próprias, nomeadamente a da moda.
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