Volto atrás e ando ligeira, há corredores imensos, alas inteiras onde apenas passo, sem nada do que me chama a atenção. E, mesmo assim, hesito, ante a veracidade destes velhos em barro que me fazem (re)parar!
Nos tectos
No chão
Nas altas paredes
Nas andanças
Nos vislumbres do exterior
Estas duas fotos escolhidas de propósito: acima são gorros de lã de pescadores holandeses, mortos ou enterrados em Spitsbergen (ilha ao norte da Noruega), séc. XVII. Descobertos em 1980 por arqueólogos, pertenciam aos pescadores de baleias, com cores que os diferenciavam e com que eram enterrados (informação preciosa na explicação do Museu); em baixo, uma coroa (c. 1664) que não tem nada de valioso, a não ser o desenho, montada em veludo, com pedras de vidro colorido, e que seria para oferecer ao rei de Ardra (sul da actual República do Benin), na costa ocidental de África.
As arcas do Oriente
Cerâmica, alguma recuperada de naufrágios
Colar-corrente valioso, oferecido pelos holandeses ao sultão de Ternate (arquipélago das Molucas - Indonésia). Por ali passaram primeiro os portugueses em busca das "ilhas das especiarias" (há um desenho de um forte de S. João Baptista de Ternate), os espanhóis, os holandeses e ingleses.
Belezas
A Biblioteca
Os holandeses na Índia
e um pormenor de um canto do quadro
Passo directa para a Idade Média, apenas aflorando o que consegui ver, de mais inconformista ou belo
Santa Úrsula e as suas aias (lenda de uma princesa...)
Gostei particularmente da vivacidade (pintado de 1482-1485 por Piero di Cosimo, Florença) deste díptico de pai e filho, pelo que representa e sugere, a caracterização da arquitectura e da música
1 comment:
A fotografia e texto que mais me impressionou nesta série que hoje mostras é a dos gorros de lã dos pescadores. Quem seriam? Como seriam? Que vidas, que famílias, que alegrias e tristezas teriam? Somos anónimos neste mundo, apenas levemente temos nome nos que mais de perto nos conhecem.
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