Tirando a ideia antiga, de ir ao acaso ao passar por nomes e lugares que desconheço e vendo caminhos convidativos, há sítios que imagino "pelos nomes". Neste caso, as terras acenavam, reais.
Na ida por ali adiante, porque há carneiros felizes!
Ali estava Alfundão, branca e bonita. Tão raro aproximar-nos e ter uma vista "saudável", sem barracões nem ruínas abandonadas.
Derivada da palavra latina "Fundana", nome de família romana ilustre, talvez o "Al" se lhe tenha juntado durante a ocupação árabe.
E procurava-se "a ponte romana", que não se sabe bem se é mesmo romana ou se reconstruída com os mesmos materiais, mas tem todo o ar disso, os arcos e as pedras bem gastas. De notar que o lugar quase ermo se encontra bem assinalado na vila. Ir-se-ia encontrar mais adiante este cuidado com as pequenas belezas dos lugares.
Rumando a Pêro Guarda e planos...
Pêro Guarda e a sua Igreja de Stª Margarida séc. XVI.
Falados à porta em frente, que se anunciava de Padaria, a informação de que havia uma senhora ali adiante que tinha a chave da igreja e no-la mostraria, foi mais uma afabilidade alentejana. Curvada, de bengala e muito velha, a senhora sabia tudo sobre o monumento e deu a volta explicando. Que estava fechada por causa dos roubos, que as imagens eram muito antigas...
A Capela do Rosário e pia baptismal conservadas no original (1534)
Votos de ex-soldados da Guerra Colonial e outras pessoas, crianças: piedosamente os olho: que sabemos nós sobre as crenças dos outros?
Estas Senhoras Santas, são duas do mesmo estilo, têm um ar desafiador e muito cabelo preto e ondulado
"Ouvi a palavra do Senhor", inscrição no púlpito. Não cabe aqui o relato do acontecimento que "levantou" o povo, quando quiseram levar uma das santas já não sei para onde.
Agradecemos muito o incómodo da senhora, a ternura vaidosa de quem nasceu ali ao lado e vê apreciada a simplicidade e a história de uma capela/igreja tão modesta e tão bonita.
Mas havia mais que descobrir (mas ninguém para perguntar...).
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