Monday 23 July 2018

Escher - ILUSÕES I

Lisboa, pouco tempo. Por ser à beira Tejo o museu em causa, Museu de Arte Popular, e quando li sobre a exposição, foi cumprir um desejo de há muito. Dos (dezenas...) livrinhos de pintura que fui recolhendo, aqui está ele também. Vê-lo no vivo das gravuras (julguei-as muito maiores!) era uma necessidade, juntar o que pensava, imaginando, aos olhos na realidade do olhar.





Maurits Cornelis Escher (1898-1972), um artista gráfico holandês cujas construções e perspectivas, dos impossíveis planos desdobrados, sempre me fascinaram. Mesmo sem nenhuma tendência para a Matemática, eu, com dificuldade até quando pintava/desenhava em encontrar "o ponto de fuga", tinha em mente os labirintos destas gravuras e desenhos. Talvez até por isso.

A "Torre de Babel"



Da delicadeza dos pormenores da Natureza,

à espantosa figuração da Catedral de S. Pedro onde até se consegue ver as sombras de quem passa...

Todas estas gravuras têm o cunho "do Sul": Escher viveu alguns anos, ou viajou, em Itália, França, Espanha






Sempre me é complicado ver, aperceber-me das figuras na parte escura quando o artista inventa imbricadas imagens em puzzles perfeitos, absolutamente fascinantes. Precisei de olhar mais do que uma vez para as perceber...

Desdobrado em caleidoscópio de planos e formas aqui claramente percebido.

Com a leveza das borboletas, como se pelo ar fossem até se perderem


Os jogos das esferas, o côncavo e o convexo



Transformando asas e pássaros tal as migrações deles


Os planos das casas, sem muros, com escadas, de gente e janelas

Voltei atrás, fui à frente...
Nem me vale a pena recordar ou fixar aqui os nomes que Escher dava às suas (des)construções. Em casa tive ocasião de ler o livro, prefaciado e comentado pelo próprio, aperceber-me que só uma mente prodigiosa conseguiria desdobrar o universo, ou as formas, desta maneira.


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