Friday, 3 August 2018

Cacela Velha IV

Com o ano a correr com a "menina", distancio-me dos gostos antigos e, nos intervalos, viro-me para a contemplação das coisas. Foi Maio/Junho e Setembro/Outubro, o Verão que chega e o Verão que se vai.
São as amizades de percurso, um dia farei os diários delas, a vontade sistemática de olhar para o mapa e escolher "lugares": são sítios que se multiplicam, se 10 anos, dez vezes dez, vinte diferenças.
Não tenho pátria de nascimento nem pergaminhos de família: apenas verdes, mares, campos, céus, encontros evasivos. Não herdados, apenas conhecidos ou adquiridos. Alimento o tempo morto e vago com as recordações do tempo vivo e definido.




Às vezes, há uma estrada que apetece escolher



uma uva em nuvem que apetece colher,


um avião que não se tomou, antes voltando aos lugares "próprios" das aves que sempre sabem o destino habitual



A homenagem a Cacela Velha, como a vi e vivi.



Se, de repente, o barco ancorasse apenas nas nuvens



Desejo que fique. Imutável.

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