Wednesday 29 August 2018

Termas de Monfortinho 2005 - 5 Castelo Branco

Sobre Castelo Branco, que durante anos e anos foi apenas um nome longínquo para mim, apetece-me imediatamente citar o poeta João Ruiz de Castelo Branco (séc. XVI), fidalgo da casa real de D. Manuel, e o seu belo poema, encontrado, mais uma vez, na "Viagem a Portugal", de José Saramago:

"Senhora, partem tão tristes
meus olhos, por vós, meu bem
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém

Tão cansados, tão chorosos
tão doentes da partida
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida" 

Como cada vez me é mais difícil escolher separadamente os temas/fotografias, aqui ficam "um monte" deles e delas, com apenas alguns pormenores que fui recolhendo e lembrando:
Pelourinho e vista de Jardim Municipal



Jardins do Paço episcopal, arte barroca do séc. XVIII com a sumptuosa graça das suas estátuas e ornamentos mas que fica bem entre verdes, escadarias, painéis de azulejos, recantos
A graça que encontrei a esta sucessão de reis de Portugal, vendo a estátua de Filipe I mais pequenito...!!!
Vista dos jardins para o Museu de Francisco Proença Tavares Junior, jovem estudioso que juntou e catalogou os achados de arte rupestre, sepulturas paleolítica, pedras funerárias com inscrições romanas, pinturas quinhentistas, tapeçarias flamengas...




continuação pelos jardins do "bispado e Cª."
 





As colchas típicas do bordado de Castelo Branco (tradição de meados séc. XVI), normalmente relacionado com a natureza, lar, árvore da vida. Perguntado por uma ou duas peças que levava na ideia (colcha da árvore da vida e estatueta romana de azinho) o novel empregado, mais guardador de malvadezas que cicerone, disse que desde que lá estava, nunca viu, só se estavam guardadas...
Escola de aprendizagem do bordado onde se trabalhava e eu, bem contente, a conversar sobre os motivos florais que iam surgindo

Uma delícia, a exposição!
Bem, passarei imediatamente para a Sé, mole imensa, dedicada a S. Miguel que, na porta principal lanceava os demónios de porte imperturbável. Quantos já vi mas esta estátua é muito linda e de ar bem inocente!


Na porta lateral, brasão do bispo D. Vicente, uma obra que diz bastante sobre a sua (i)modéstia... e imponência, ano 1814.
Finalmente, o castelo, mais um, na rota dos Templários







Saindo para outras "paragens" que ver tudo em pormenor é impossível!




1 comment:

Isabel said...

Uma bela colecção de fotos da minha cidade, quase todas actualizadas. Do que vi, apenas a do Pelourinho está desactualizada.
As bordadeiras já não trabalham no Museu, mas sim no Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco, que funciona no espaço da antiga Biblioteca Municipal. Este Centro foi inaugurado há cerca de um ano e na mesma altura foi também inaugurado o Museu da Seda.

Se calhar Castelo Branco está a merecer outra visita!

Beijinhos e boa semana :))