Tão verdes as cores verdes! Tão vibrante a água!
Era o Gerês, em tempo em que nos metíamos no carro simplesmente para arejar.
(anos, meses, fins de semana, era muito o trabalho de trabalhar tantas horas, orientar a vida de família e com tantos amigos que sempre apareciam. Lembro-me do menino-menino perguntar "e hoje quem é que vem cá?")
Não íamos ver nada de especial, a deslocação e passear no lugar, eram suficientes.
Tirar fotografias, nem tanto, sempre era uma despesa extra. E de "extras" tenho as estantes cheias...
Sentir, olhar e captar fizeram sempre parte do "meu" passeio - também hoje, em que descubro aqui arquivadas, passadas, digitalizadas um pouco à sorte, e nem todas, algumas fotografias desses lugares. Outras há que estão resguardadas e meio enterradas no pó do tempo.
Deveria ser Abril... Não sei o nome dos regatos e ribeiros, sei da Barragem da Caniçada (inaugurada em 1972, no rio Cávado), do Mosteiro de S. Bento da Porta Aberta (uma graça o nome que ouvia em pequena), da subida para a Pedra Bela, das ruínas submersas da aldeia comunitária de Vilarinho da Furna, que só se vêem em tempo de grande seca e descida de água da barragem.
Controverso o nome "comunitário", as eleições de um juiz pelo próprio povo que ali vivia, controversa a construção e a deslocação das pessoas em 1968/70, de que se ouvia falar em "surdina", como convinha ao regime de então.
Não havia ainda a mania das caminhadas, escaladas e quejandos, ia-se porque se gostava da Natureza.
A figura de S. Bento na basílica que, soube depois, é lugar de grandes movimentações de promessas e peregrinos
Os azuis, e as cores dos montes, incríveis da Primavera
Como água que corre...
Ao fundo, seria Vilarinho das Furnas, nome pelo qual conhecia a aldeia (é da Furna, li depois)
Do Miradouro da Pedra Bela
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