Entusiasmadas com o nosso entusiasmo, duas primas se nos juntaram para subir, devagarinho, a Lomba do Carro, ali tão perto parecia. A vista é soberba, ou seja, a vista a partir do cemitério pois dele se tratava. Nunca tinha visto campas tão curiosas, uma espécie de chaminés com pala, em alumínio, redondas e uma profusão de flores e arranjos em plástico. Percebo que naquela altitude e com aquelas mudanças de clima e ventos, se arranjou uma forma festiva e duradoira de celebração.
O senhor que tratava do espaço disse-nos que, antigamente, se faziam os enterros a pé, por ali acima...
Olhando para baixo e na lomba em frente, vimos um cortejo com gente e sons de música, uma banda. Descemos ligeirinhos para a Povoação: tratava-se da procissão de uma das "domingas" a seguir à Páscoa que depois culminarão na Festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres. Lembrei-me do filme "O Padrinho", aqueles preparos severos, pessoas e crianças nos seus melhores fatos, e os sons cadenciados... Levavam as coroas do Espírito Santo, em prata, 5 mordomos e mordomas, que depois deixaram expostas numa mesa, na Igreja Matriz.
De tarde, partida para o Nordeste. O concelho, dizem, é o mais selvagem e bonito, montes e montes, vales e vales, levadas apenas entrevistas. Vegetação intensa e imensa. Das voltas do autocarro nem vale a pena falar...
Ribeira dos Caldeirões, umas quedas de água vindas do meio do verde que eu vi e revi de todos os lados.
O pequeno regato imitando a grande queda de água!
Um tempo taciturno que não deixou brilhar as cores.
1 comment:
Adorei a Ribeira dos Caldeirões! Mas aquilo era tudo muito íngreme. Na altura eu era jovem. :-)))
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