Thursday 17 January 2019

Açores - S. Miguel 7 - Ponta Delgada

Com as curvas sôfregas e ameaçadoras, descemos para Ponta Delgada. Ali nos deixaram.
Resolveu-se almoçar por conta própria, longe do grupo, e descobrimos um restaurante normal, onde parecia que os habitantes da terra paravam: o Restaurante Nacional, na Rua Açoreano Oriental. Em boa hora o fizemos, o pão, o queijo, a carne, tudo autêntico. Não tirei fotografias... poupava os rolos, o que agora me aborrece, que coisa!
Também tivemos uma hora e meia para "tudo"... De igrejas, impossível relembrá-las, os nomes diversos, as riquezas expostas.

Fortaleza  renascentista, de 1552, Forte de S. Brás

Na Igreja de S. José, construída em 1709, com talha rica e mobiliário em jacarandá





Igreja e convento de Nª Sª da Esperança

A pequena Igreja de Nª Sª das Dores e as três janelas que li serem exemplares perfeitos do barroco açoreano.




O Senhor dos Milagres está bem encarcerado por ter um valor inestimável, também pelas oferendas devotas de ouros e pratas que se vislumbram. Além das imensas imagens que há à venda, li algo interessante: a escultura deste Senhor Santo Cristo dos Milagres "Ecce Homo", terá vindo de Roma em 1530, oferecida às freiras da Caloura pelo Papa Paulo III. Foi transferida para o Convento da Esperança por causa dos ataques dos piratas (onde constam nomes de países europeus...).
Em 1700, S. Miguel sofreu vários tremores de terra: assim resolveram juntar-se em 13 de Abril desse recuado ano, milhares de pessoas, nobres, religiosos e povo, numa procissão, descalços, carregando a imagem. Manifestações religiosas lembrando este "milagre" sucedem-se em todas as ilhas.
O outro culto do Espírito Santo, para o que sabemos do nosso "catecismo", é um tanto nebuloso e tem a ver com as tais "domingas" contadas a seguir à Páscoa: as coroas, as pombas, o ceptro, etc. Geralmente e com grande pompa, cortejo, flores, iluminações, esta festa com séculos de existência, realiza-se em fins de Maio.
A meio do mês de Julho, para todos e mais os emigrantes, há uma festa enorme, a do Espírito Santo, com a benção de pão e carne, distribuição de "sopas do Espírito Santo", o bodo do leite e outras comemorações.






Igreja Matriz de S. Sebastião

Câmara Municipal e e estátua de S. Miguel. Do que li, o sino do séc. XVI foi oferecido por D. João III
De sequência...





Portas da Cidade, ex-libris de Ponta Delgada



Estátua de quem? Tirei-a pela posição e céu, unicamente, mas é de Gonçalo Velho Cabral,  navegador e militar próximo ao Infante D. Henrique. A quem se atribui o povoamento e introdução de várias culturas na ilha

 Outro aspecto da igreja Matriz de S. Sebastião e a sua imponente portada manuelina

O mercado, os ananases e os queijos, mais as flores, encantaram-me. Mais uma vez "me faltam fotografias"...




Ponto de encontro depois da corrida contra as horas marcadas; e tantos espíritos aventureiros e santos que nos acudam!

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