Sunday 20 October 2019

Herdade da Barrosinha 2014 I

Estas construções do "estado novo" têm para mim, estranhamente (ou não, tenho um pé no passado e um braço no futuro), um cariz que me agrada: sólidas, sóbrias, diria "enxutas". Os governantes não queriam distracções e misturas... acontece nos edifícios das velhas escolas. Permitiam uns azulejos, umas portas em curva, uns efeitos de pedra ou tijolo e pouco mais.
Mas o espaço era abundante!
A Companhia Agrícola da Barrosinha foi fundada  em 1947, estendendo-se por 8 quilómetros, oito! ao longo do rio Sado. Empresa à época auto-suficiente, produzindo vinho, arroz, com criação de animais, madeira e serração. Servia também como coutada de caça - não se/me pergunte para quem, que nunca tinha ouvido falar nela, nem de outras, que se vão descobrindo e encontrando.
Sítios exclusivos ontem, sítios exclusivos hoje.
Visitou-se a adega, falando com o simpático enólogo, muito jovem e bem informado, a recuperar a marca, a adega e as castas. Estava-se em tempo de vindima, com toda a azáfama da época e tantos cheiros diferentes. Ver ainda com interesse alguns aparelhos e objectos, sem a sofisticação das "grandes adegas".





Uma parte deste trabalho, feito quase manualmente, aqui a prensa das uvas e o "chapéu" em corda (bem procurei o nome... também se usa para o azeite) que as esmaga sob pressão
Visita breve, para ver cores e formas. Que o campo, os caminhos com rio ao fundo, acenavam



Não faço ideia do que será viver com um terraço como este, virado ao poente






Da serração, a fala das tábuas com veios de histórias diferentes, e o barco a ser construído!

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