Monfortinho 2 - Procurando as diferenças - Medelim

Era uma luminosa manhã!
Tomar um café expresso, para espevitar a mente. Rever a Pensão Rocha, igual ao que se viu há mais de uma década (ou com mais ninhos de andorinhas?) abandonada.

Lugar de caça e pesca, de lebres e coelhos fugidios, que piada! Houve uma vez que se apanhou o dia de abertura da caça: na pensão onde estávamos, ficámos estarrecidos com a quantidade de jipes, motas, carros que, de uma noite para o dia, se juntaram.

Pelas redondezas, aproveitar para ver o que não se tinha visto.

A belissima publicação "Adufe", que durante alguns anos recebíamos, serviu para "imaginar" outros passeios. Rumo ao interior de Medelim e a Rota dos Balcões.
Este nome sempre me sugeriu, nas passagens anteriores, o nome de uma amiga de há muito, nome de origem na Índia... Contudo a designação Medelim deriva de um comandante do exército romano que ali se estabeleceu no séc. II, Quintum Cecillium Metellum Pium, sendo a colónia militar chamada de Metellium, derivando para a designação actual. Não tendo "disposição" física para caminhadas e percursos pedestres recomendados, para-se e vai-se vendo e notando o que se pode!
Quem os contou diz existirem na aldeia mais de 200 balcões: escadas de lajes exteriores de granito e patamar de acesso às casas.
(eu, que perdi mais de 30 anos a aprender nomes de máquinas e acessórios em estrangeiro, a falar e a escrever com outros países e lugares... adoro destas informações!)

A povoação teve significativa ocupação de judeus, há uma Rua da Judiaria - perdi-me com tantas coisas para aprender -, um hotel chamado Sefarad e algumas imponentes casas/solares cuja origem não se teve tempo de investigar.
E é claro, isto é um passeio e não um roteiro!

Deliciosa terra! E mais porque se conseguiu ir almoçar algures numa estrada... a um despretensioso pequeno restaurante, com comida caseira e gente tão simpática, chamado "Prato Cheio".
E era!
(porque há lugares que ficam no coração...)