Thursday, 9 July 2020

Museu de Serralves 2008

Nem só de passeatas vive esta mulher antiga!
Muitas vezes há lugares que fogem da memória e apenas ao passar "os anos", aqui nas minhas fotografias, me apercebo do tempo novo em que vivia. Há 12 anos apenas.
As antigas estão guardadas em altas prateleiras... raramente as vou ver. Por mim, teria uma galeria, uma espécie de estufa com vidro e virada para verde-erva, verde-árvore, moldura de céu, com tudo ao alcance de um braço esticado: livros, pinturas, álbuns, maços de cartas, diários variados e velhas agendas.
Dessa vez numa reunião com amigos destas lides, vindos de longe, nos encontrámos no Museu de Serralves.
Não sendo incondicional admiradora das obras modernas, nem de instalações avulso, há contudo formas e cores que aprecio. Penso que sejam obras de Ângelo de Sousa e Júlio Pomar, com outros que já não lembro, captadas as imagens pelas sensações que me provocaram.
Por isso é que, cada vez mais, tento fotografar os cartazes e os nomes/autores dos quadros pois, se sei os sítios e até o que senti, esqueço as designações.
Serralves tem janelas como quadros vivos:




 Os azuis que me lembraram Helena Almeida

Tudo cabe na música
Da claridade, um caminho
O velho "papel selado"!
E a princesa tão british a quem perdi o rasto


E por vezes basta um recorte de sol para o imaginarmos
um melro para lhe ouvirmos o cantar
um esboço de mulher para sentir a nudez da mocidade


 Voltar a Serralves é sempre um desafio da imaginação.

1 comment:

M. said...

Passeatas mentais estas agora, ó mulher antiga. Belos quadros, diversas as ligações na memória, eclético o pensamento. Apreciei o conjunto.