Até ao limite da fronteira, terras de rotas do contrabando e de quem fugiria "a salto".
Falando com as gentes velhas sentadas nos muros laterais da igreja, os que sabem dos lugares e acessos. Orgulham-se de nos contar, nós felizes por os ouvir. O tempo escasso só permitiu uma volta para descobrir um novo caminho indicado pelos "da terra": descida para os chamados "canhões" do rio Erges, um delimitador de fronteira afluente do Tejo, já dentro do seu Parque Internacional.
Uma aldeia de que dão conta os anais do séc. XIII, povoada e fortificada para "salvar a terra do extremo". São muitas vezes tão bonitas as entradas das aldeias e vilas que me apaixonam à primeira vista! pelo cuidado dos habitantes em ter uma porta bem arranjada
Havia um caminho transitável, não sei o que seria se nos cruzássemos com outro carro..., entre muros e vislumbre de aves
Do lado de lá Espanha e o castelo de Penãfiel, que já nos pertenceu, fortaleza antiga de vigilância das andanças conquistadoras em que estas terras raianas sempre andaram envolvidas
Voltando pela tarde, do fim dela,
vislumbrei a cegonha e o seu recolher
O dia seguinte era o da volta...
e voltar dá sempre muito trabalho, físico e mental.
5 comments:
E assim viajo contigo.
Nem que seja UMA pessoa, um pensamento breve. Pelo gosto de saber pensar depois. Vale a pena! Obg
Conheço bem essas aldeias raianas, quando vim para aqui viver calcorreei-as todas para fotografar os pelourinhos; bem, os pelourinhos eram o pretexto para ir, no fundo eu ia ver tudo e mais alguma coisa :)
E, para minha alegria, nunca faltavam as cegonhas e algumas rapinas.
Foi bom recordar.
🌻
Acho graça quando "alguém" me descobre nestas paragens e até conhece os lugares de que falo. Infelizmente, vou à flor de esteva do blogue... e não tenho acesso à pessoa... Mas obrigada na mesma!
Olá e obrigada por ter respondido :))
Na verdade eu não tenho nem nunca tive um blog, embora tivesse um perfil (que não dizia grande coisa) que deixou de estar visível nem eu sei porquê.
Estou aqui no interior da Beira Interior e, conhecendo bem a zona, não resisti a comentar estes seus passeios; só faltou dizer que Monsanto é a jóia da coroa (e tanto português não a conhece!) logo seguida de Penha Garcia - mas todas as aldeias têm os seus encantos.
Um beijinho.
🌻
Post a Comment