Tuesday, 10 November 2020

Galafura explicada à memória XV

Porque ainda tão diferentes sendo muito iguais, as paisagens, conforme a luz se (de) anunciava. 

S. Leonardo guiava, no alto da sua simples capelinha,

"À proa de um navio de penedos..."




Mas o que me fascinou, mesmo, foi ver o perfil do Marão e as suas névoas levitando nos vales










Despediam-se as vides, despediam-se as árvores



Descendo para a Régua

Ainda com vontade de espreitar o Museu do Douro, criado em 1997, recuperado que foi o antigo edifício da Companhia Geral de Agricultura das Vinhas do Douro.


Exposição de Armanda Passos, nascida no Peso da Régua em 1944. Muito me agrada encontrar as figurações e quadros desta pintora! As suas pinturas e desenhos são habitualmente de mulheres, avantajadas e quase disformes mas harmoniosas, como se dançassem, e/ou animais, muito vivas e coloridas, quase com um toque "regional".

Ver, revendo, este anúncio que desde pequena lembro: estava na parede do edifício que era o Horto Moreira da Silva, mesmo em frente ao Museu Soares dos Reis, onde é agora um centro comercial, com a habitual galeria de lojas xpto.

A graça que têm estes armários antigos, com os seus tesouros em garrafas, e nomes das terras, da região demarcada do Vinho do Porto.

Sobre o Museu do Douro, tenho uma lembrança antiga: fins dos anos 90 e inícios de 2000. Conhecimento com um apaixonado e estudioso desses lugares, com muitos livros publicados sobre a região, Dr. Gaspar Martins Pereira. Alguns deles aqui moram, na estante. Sendo como uma história de família que se perde no tempo dos "jornaleiros": os pais da minha avó vieram para a cidade no final do ano de 1800.

Fomos sócios-fundadores e "amigos do Museu do Douro", na nascente dele, do museu, na altura instalado na Casa do Douro. Enorme e sólido edifício do Estado Novo, foi inaugurado em 1932, guarda a riqueza e sumptuosidade das instalações onde se reuniam "os donos das terras". Com os "Amigos" fomos a vários sítios, em palestras e almoços: Régua, Tabuaço, Alijó, Torre de Moncorvo. Da primeira exposição sobre a história do Douro guardo memórias vivas, de arqueologia, de fotografia, de mapas e alfaias da época.
 


1 comment:

M. said...

Esses armários azuis também cá estão em casa... São lindos!