Pelas cortinas das vinhas. Velhas retorcidas e alegres, ainda enfeitadas nos cambiantes de tantos dias de sombra e sol. Quando lhes pouso a mão no tronco são secas, ásperas, nodosas, e tento perceber-lhes a seiva, ouvir-lhes as raízes, entre as pedras fundas do xisto. Como conversam de vidas antigas, um interminável diálogo dos tempos, amizades de décadas: colhem da terra a força, colhem do céu as virtudes.
Lembram-me: as mãos da minha avó, a ponte bondosa e de aconchego da criança que fui.
Quem te deu essa forma de arco feliz, a comunicação da festa?
Não me canso.
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