Wednesday 3 March 2021

Porto - Boavista

Naquele tempo de vasto passado, havia gente que se ia conhecendo, pelos blogs e, em calhando, pessoalmente. Assim, dois amigos de Almada, A. e E., vieram ao Porto e arranjámos encontro num café das redondezas. Agradável conhecer e falar, tal como se escreve. Sem surpresas de gostos ou diferenças notórias, tal como nos (a)parecem. Passeio então, pela Casa da Música, sendo ela um ponto de referência para encontros, com toda a gente.

No lugar - desse lugar - existia a recolha dos eléctricos do Porto, a "remise" da Boavista, dos STCP, um enorme quarteirão de casas e instalações para guardar e reparar os eléctricos da cidade. Era por sinal um bonito edifício dos anos 30/40?

A construção da Casa da Música fez parte do projecto Porto 2001 (eh lá! 20 anos passados ...) com grandes obras na cidade, algumas muito polémicas. Da autoria do arquitecto holandês Ken Koolhaas, o meteorito foi muito aclamado pela arquitectura de vanguarda e, em verdade, acabou por ser um belo e estranho edifício ali pousado. Pena foi que o seu custo inicial de 33 milhões de euros tivesse chegado, à sua conclusão em 2005, a 111,2 milhões de euros. O que se chama, vezes 4, uma "grande derrapagem"... Mas, nestas décadas, tenho assistido à completa transformação e valorização desproporcionada dos terrenos e lojas por ali à volta, movidas por interesses gigantescos. Assim, passo às imagens dessa tarde de Outubro, estariam ainda as mesmas árvores, e andar de bicicleta ou de patins e/ou skate era uma novidade. Passear ou passar ali chega a ser perigoso, agora, para a integridade física do comum mortal.



Uma menina azul perdida na paisagem

Os vidros, as luzes e as formas, o metal utilizado, permitem uma diversidade de imagens muito bela. E, claro, ainda se podia visitar, para cima e para baixo, à vontade e sem "visita marcada".












Uma catedral moderna, para a música.

Até que a noite nos separe...

 


1 comment:

UmaMaria said...

Nunca fui à Casa da Música. Mas tenho esperança de lá ir 😊