Mafra em visita cultural

Como era ano de "conhecer" o que apenas se ia adivinhando pelas mensagens, diálogos nos blogs e correios, acontece que alguns de nós (deles, que já lá vão anos que não os vejo) se reuniram para a apresentação do livro "De Pé Sobre o Silêncio", de L. Quitério, em Mafra. Foram uns 40/50 os que ali se juntaram.Terra que me era praticamente desconhecida - a não ser uma visita "das minhas manias de encontrar uma casa com jardim" numa das belas localidades à volta, e cada coisa tem a sua história de desaires e (des)encontros...- de calcorrear, de ver com tempo. Passou a ser uma referência e ali voltaríamos várias vezes. Do caminho e olhares:

Na estrada perto de Coimbra, este lugar que sempre vejo com agrado: um horto e o cultivo de plantas que dão colorido à paisagem. E tantas as cegonhas que por ali planam - algum dia as apanharei em vôo e em ninhos, nas suas varandas dos cabos ao alto...

Painel de Júlio Resende, numa estação de serviço, numa perfeita representação estilizada de caminhos e destinos. É curioso lembrar como conheci Júlio Resende: um mural na Agência Abreu, 1965/66. A. Abreu, um dos fundadores desta agência, foi um mecenas das artes e dos artistas, à época. Fiquei muito sobressaltada uma vez que vi um cartaz na Av. da Boavista, anunciando o leilão do impressionante espólio deste homem, que conheci tão bem. A ele, à sua extravagância, ao seu amor à arte e às viagens, às suas gardénias.

A chegada a Mafra e o convívio de poesia não permitiram, nesse dia, grandes viagens ou vistas: apenas a interagir com dezenas de conhecidos e desconhecidos.

Saber que ao longe o mar... neste Largo com pelourinho, antigamente chamado da Cadeia que ali existia. Tão arejado.

O jantar em conjunto e como é interessante que "as mãos" ali convivam, lado a lado, no silêncio actual da fotografia.

Os outros aspectos nocturnos enquanto se passeava e trocavam palavras amigáveis

Do comum das coisas da noite...

... e uma esperança que "as amizades" batam à porta quando necessárias