A manhã de "amanhã" era esperada, pelo cantar dos pássaros e a sofreguidão da luz nascendo
Não é lugar aqui para a minha cara, em roupão e chinelos, colhendo as flores e ramos dos taludes húmidos, ao sair da portaE a volta pela herdade
vendo o rebrilhar do xisto
As casas antigas à espera de reconstrução e como as vi, por fora e por dentro. Visitando respeitosamente os fantasmas da gente humilde que ali vivera, a nudez forte das paredes, a secura dos verões, a agrura dos invernos. A solidão.
Não sei se seria possível mas para "arquitectos" há sempre ideias com hipóteses: se tivesse dinheiro vivo e actuante, recuperaria o mínimo do exterior da casa velha, para que não se esboroasse. E faria, por dentro, uma casa nova, conservando o máximo do que ali existiu. Os acrescentos em vidro para ver as estrelas, estufas com verdes e troncos, e estrados de madeira para os serões de beatitude. A felicidade, que não sabemos, de poder sonhar sem pagar pelo sonho.
O passeio pela herdade
Ali adiante "é" Espanha...
e aqui a ribeirinha que lá vai, lá vai, entre tremuras de água e pedra, até desaguar no lânguido Guadiana
Os bichos felizes, entregues à natureza-chã, e sem se interrogarem, Nós falámos com eles mas nada lhes dissemos do futuro.
1 comment:
Apetecível este caminhar pelos campos.
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