Friday, 23 July 2021

Semana de Alentejo (mais profundo) XIV

"Era um redondo vocábulo"... José Afonso o cantava. E é do Redondo, Vitorino, um dos homens portugueses que amo. Ele e amigos semelhantes, com quem esteve, conviveu e gravou. Músicas, letras, lugares e atitudes. 

(sempre iguais, as volutas da mente: a propósito de Alves Redol fui verificar e tenho, desde os anos 60, 6??? livros deste autor. Vou relê-los, é claro. Dizia ou escrevia há tempos que, desde há muitas décadas,  os livros "fazem parte do meu forro espiritual")

Tanta curiosidade antiga me trazia o nome Redondo cuja origem se perde nos "calcoliticos" todos: lugar de um "penedo redondo", entre a extensa planície alentejana e a bela Serra d'Ossa a sul. Lá mandou D. Dinis (gosto deste rei, ainda por cima era poeta!) edificar mais uma cerca militar e um castelozito. Sobre os vestígios arqueológicos nem é bom falar que nem sei o que vi, nestes dias imensos. Só li que agora, na Enoteca, está uma exposição fotográfica de escavações feitas por ali à volta,

Entrada da cerca do castelo, mal fotografada que também, constato, não tinha "cabeça" para tudo!





A porta que deu o nome ao vinho alentejano tão afamado, também chamada Porta do Sol



E pelas ruas à sorte, nos vamos perdendo, avistando a Igreja da Misericórdia




e, o mais importante, sentindo o pulsar silencioso das casas e recantos



1 comment:

UmaMaria said...

Mas é mesmo isso: o silêncio.
Estive há bem pouco tempo no Alentejo com a minha filha. Na Vidigueira passei por aldeias onde não se via ninguém......