Friday, 12 November 2021

A Penha - Guimarães

Depois de S. Miguel de Seide, segue-se para o Monte da Penha, ou Monte de Stª Catarina. Do que me recordo, foi o sítio onde se fez um acampamento em conjunto com outros campistas, provavelmente o meu primeiro. Pois que me lembro dos rochedos enormes, árvores, musgos, fetos, de uma gruta onde, para grande espanto meu e como uma aparição que eu vislumbrava nos "santinhos", estava uma imagem enorme de Nossa Senhora (de???). Lembro-me de água, minas de água escavadas em verde, onde a íamos buscar com um saco de lona quadrangular. Lembro-me de buracos para onde as crianças espreitavam, com receios de lobos, raposas ou, quiçá, outros monstros de efabulações variadas.

Guimarães era também uma das capitais da Indústria Têxtil pelo que a conheci muito mais tarde, em outras visitas a fábricas da região, e à própria Penha. Quantas vezes escrevi esse nome: quando se dividiram as terras por códigos postais, 4800 era Guimarães. E eu conheço/reconheço pelo nome muitas das terras à volta: Pevidém, Covas, Ronfe, Nespereira, Lordelo, Gondar, Serzedelo... enfim, quase sabia de cor os nomes e moradas "dos clientes". O que me sobra da memória é melhor nem explorar (mais) que me dói esse tempo.

(eu sou um velho e magro esqueleto, vestido com um fato muito muito grande que me sobra e se arrasta pelo chão)

As recordações saltavam como coelhos encandeados pelo clarão do "antes de" mas, nesse dia ia-se de passeio:

Não fui ao Padroeiro do sono e bem precisava que me apadrinhasse!

Ao encontro dos enormes penedos
O miradouro sobre Guimarães



Falam e falam, ainda, as pedras dos meus encantos!
 

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