Thursday, 18 November 2021

Alpiarça

Segue-se para Alpiarça onde se desejava ver a Casa dos Patudos, do icónico republicano e mestre da fotografia José Relvas (1858-1929).

Atravessando o Tejo, lá onde ele se espreguiça em ilhotas de areia
Da casa-museu apenas se viu o exterior: por aqueles motivos imponderáveis (já aconteceu em vários sítios a senhora que "toma conta" ter saído, ou estar de folga nesse dia, ou... ou...), não se conseguiu visitar. Tinha muita curiosidade de ver a (re)construção famosa (arquitecto Raul Lino), a colecção preciosa de pintura, escultura e azulejos e, muito particularmente, admirar o seu notável estúdio de fotografia, com uma arquitectura específica para acolher a a sua paixão: fotografar, revelar, expôr.
Enfim, almoça-se num dos restaurantes do Ribatejo, uma carne deliciosa (li ultimamente algures num folheto duma marca conhecida "da praça" que alguns animais são criados "em paz",  "em liberdade" ou "sem stress", o que deve ter sido o caso... nanja nós que vivemos no meio de tudo isso!) e segue-se atravessando o Sado, com os seus amarelos prazeirosos
Muitas vezes não deito as fotografias fora, ou as apago, mesmo desfocadas: há ocasiões em que o desfoque me fica agradável aos olhos, noutras serve-me de guia para as horas e os percursos. Como este passar de rios. Em movimento, logo se percebe o além, as planícies que se prezam de o ser.

Per ali torcendo para a ponta mais oriental, o irresistível Sapal de Castro Marim.

Tinha-se telefonado, mandado mail? sei lá agora! Algumas voltas se deram para encontrar uma indicação, um monte perdido entre braços de água dispersos, pedras, mato e elevações do sapal. Uns dias de sossego (poucos, que apareceu um grupo numeroso, irrequieto e falador, logo a seguir) e andar pelas redondezas


2 comments:

M. said...

É um gosto viajar contigo. Ando há anos a desejar visitar a Casa dos Patudos. A ver se ainda conseguirei la ir, nem que seja montada num burro... :-))

bettips said...

Pois era era... um burro bem que fosse patudo!