Thursday, 11 November 2021

Museu Soares dos Reis

Uma breve passagem por sítios conhecidos. Seria uma ida propositada àqueles lugares onde tenho de ir, andei e ando, em círculos quase magnéticos. 

Vivi por ali e passei algumas boas horas no museu, onde o porteiro, o Senhor Juvandes, me deixava andar e brincar. Os grandes corredores, os jardins, as figuras que observava, as fontes e as estátuas, o campo atrás e a liberdade de correr. A estátua de D. Afonso Henriques imperava no átrio, enorme para os meus olhos de criança pequena. E eu gostava dele, aquele ar de conquistador e as escamas em pedra do seu traje, o escudo e a espada. Daí, da sua visão de "fazer um país" a partir de um pequeno condado, virá a minha predilecção por esse rei.

O "Palácio dos Carrancas" é um edifício do séc. XVIII, mais tarde adaptado a museu. Era propriedade de um fabricante de galões de ouro, passamanarias e fitas decorativas que, segundo li, foi fornecedor da realeza. O nome do mais antigo museu português é uma homenagem ao extraordinário escultor portuense António Soares dos Reis (1847-1889). Vi agora que só viveu 41 anos. Ali se encontra uma bela exposição das suas obras que tive oportunidade de ver demoradamente em outras ocasiões, bem como uma colecção notável de pinturas e esculturas de outros artistas da época. Mas disto não reza esta história nem este passeio fortuito. Apenas alguns olhares da entrada e pátio, por pedras que me conhecem.






Porque se há-de voltar, porque há muito que ver e descobrir. Estão ali algumas das minhas pinturas portuguesas preferidas.


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