Muito me lembro desta vila e seus arredores! Tanto mais que é um lugar castigado ciclicamente pelos incêndios e há dois dias foi de novo falada pelos mesmos motivos. Em 1973/74 tinha uma colega que veio de uma aldeia por ali perto e com quem fui várias vezes "à terra", da sua madrinha e benfeitora. Eu, que não sou de terra nenhuma, nasci num cantinho da cidade, tenho gosto em conhecer as aldeias e a génese dos outros, ouvindo as suas histórias antigas, voltando a ouvir meninas, como eu, de soquetes brancos e olhos interrogativos. Mais tarde, encontrei outra amiga com as raízes e recordações espalhadas por essa região. E é de um passeio e estadia de uns dias, em grupo e com ela, que tenho estas boas recordações.
À margem do Mondego e à sombra das serras, região onde 70% da área era ocupada por floresta - ... dizia-se, como estará agora?... -, Penacova e arredores tem muito que visitar. Encontramos uma banda a ensaiar num café, jantou-se numa varanda sobre o rio e fomos acomodar-nos entre campos e cultivos.
A lua cobriu as recordações de uma luz dourada e diáfana: uma luz que reflectia de verdade o brilho do sol, o ouro precioso das memórias.
Luso, com a sua fama e beleza de termas do início do outro século, foi o destino da manhã do primeiro dia. Guiando-nos por placas novas, com um olho nas antigas...
Às vezes não sei bem por onde ando...
Colho as imagens como se andasse por um campo de flores. À sorte.
1 comment:
Estranho encontrar lugares que não me são estranhos.
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