Wednesday, 9 November 2022

Férias Monfortinho XX - Barragem Penha Garcia

O TEMPO passa de uma forma fatal. Não é "fatal" para mim porque ainda não morri: desde 1992 que vou encarando formas de "ir morrendo". Das pessoas, no corpo e no espírito. Talvez nascer seja o início da morte que vamos conhecendo sucessivamente, nas perdas, nos sobressaltos dos tantos caminhos. E por isso me é tão emocionante rever estes passeios tão plenos, tão largos, são os oásis, dos obstáculos, das paredes. Penso em "As Intermitências da Morte", como diz Saramago. 

Quantas paredes tem a minha casa? Eu só reparo em duas, a da frente e a das traseiras: a porta da rua pode abrir-se. Esta parede do computador desdobra-se em vidas anteriores que me fazem (re)pensar. E saio por ela.

***

Penha Garcia tem muitas pedras da antiga Terra, do antigo Mar. Já andaram por aqui e ali nas minhas divagações. Desta vez e agora, data de 2010, fui outra vez olhá-las, outras cores, outros ângulos.

Saindo pelas ruas de Monfortinho, solenes mas humildes, como explicar o que lá senti? Sossego.



Nunca fui pessoa de escaladas... mas aprecio ver, de longe. Por ali se fazem como desporto, que agora também é moda a "aventura". Eu nem sabia que fazia "treckings"!!!

Para mim é suficiente andar por caminhos selvagens e "reparar"

 As impressionantes Trilobites gravadas na altitude das rochas



E o vale onde havia um pequeno museu desses fósseis, com a "carolice" de um velho guia que nos explicava o exposto
A volta luminosa

num dia de paz.


No comments: