Tuesday, 11 July 2023

Novamente em Lisboa

O hotel onde tínhamos o privilégio de ficar instalados era na beira rio, decoração sobre um tema que me agradava muito: música. E sempre me encantavam os nevoeiros, os ângulos, as paisagens. Detestava não poder abrir as janelas... coisa que sempre achei redutora porque não aprecio a ditadura dos ares condicionados, não poder respirar o "ar lá de fora".

Recantos conhecidos:


 

O Alto de Santo Amaro, com a velha igreja: uma bela elevação com casas viradas ao rio e ao sol

Jantar no chinês de Campo de Ourique:


 

E foi-se à bela e desafogada Praça do Império. Admira-me que, com tanta revisão da História, não tenham modificado o nome...


Uma exposição de cartazes antigos, no átrio do (inevitável) CCB

 

Ao lado, um monte de objectos de construção e pintura, a lembrar-me a edificação deste país, todos esses tempos de lutas e derrotas

 

Uma mulher admirável, Maria de Lurdes Pintasilgo, primeira-ministra no governo por 6 meses, 1979/1980. A sua dimensão social, o seu nível académico e humanista, fazem-me recordá-la como modelo de um dos momentos históricos que poderiam ter mudado a face deste povo, relevando os legítimos anseios da nossa gente comum


Era sempre um gosto revisitar este lugar e as mais diversas exposições que por lá ocorriam


Desconstrução das raízes da árvore, aprisionadas por cordas: da exposição "A culpa não é minha", escultura de João Pedro Vale, da colecção de António Cachola (Elvas)

Não tirei mais fotografias às imagens do 11 de Setembro de 2001. Apenas registei um dos depoimentos sobre o início "da campanha de terror" anunciada. No 3º parágrafo falta acrescentar o outro conivente, na Base das Lajes, D. Barroso.

Definitivamente o mundo ficou - e está - virado do avesso,
tristemente sofrendo os efeitos de uma - e várias - guerras que nunca serão entendidas, na profundidade das suas causas, ingerências e limites.

Algumas cores de um toucador de artista, das metamorfoses



A Arte como veículo de transgressão, de divertimento, de culturas outras. É essa a sensação que retenho, de cada vez que se vai ao CCB.

 

2 comments:

Anonymous said...

Interessante desfiar de memórias e cenários.

Anonymous said...

A anónima anterior usa a inicial M