Wednesday 8 November 2023

Temporada no Meco, e derivados daí...

Durante décadas... andei de olho atento "à procura de pechinchas", coisas simples e económicas, com vistas... fora da época alta, para alugar, em férias ou para uma mudança de sítio. Tentando encontrar gente normal que simplesmente confiasse no meu desejo e honestidade. Encontrei de tudo e mais alguma coisa. Devo ter fotos e apontamentos de muitos sinais deste género e certamente é um assunto que repito, de cada vez que me lembro disso. Apenas deixo como amostra estas tábuas manuais...que as coisas estão agora espalhadas na internet e nos sites de negócios. Engraçado que me lembrei neste momento do dito antigo: "um negócio da China"! Não sei bem porquê que não havia lojas de chineses como agora: os que conheci vendiam apenas gravatas pela zona da Batalha, com um expositor pendurado ao pescoço. As coisas que se encaixam nestas revoluções do cérebro e do século!


Estas férias perto da praia do Meco - denominada Praia do Moinho de Baixo! - foram assim acontecidas: passei numa confeitaria e vi um anúncio, um número de telefone e um nome. Nunca cheguei a encontrar "a doutora-dona", com um andar fabuloso e cheio de coisas bonitas, roupas antigas bordadas... Tudo se passou e pagou sem pessoas físicas, apenas nomes e pagamentos nos bancos respectivos. Recordo de, como sempre se faz com que aconteça, se ter arranjado um lugar que permitiu muitas voltas em volta e encontros com família e amigos. As minhas partilhas. Soltas.

Passagem por Almeirim, desvio para um lugar de que gostamos, apesar dos touros e cartazes deles

Os verdes dos arrozais no caminho
Algo da casa que irá aparecer mais vezes e noutros aspectos. Não tinha elevador e situava-se no 2º e 3º andares. Tinha era um terraço adorável, vistas verdes, portanto toca a carregar os pertences.




Pelas estraditas poeirentas, procurando o restaurante que se conheceu antes, virado ao "todo mar"
Não podia faltar "um" por do sol

 

O dia seguinte azul, depois das compras de casa e para as refeições nela

E lá estava o mar, as enormes ondas, o vento, a outra margem de Lisboa ao longe

Pois, sou capaz de ficar longos momentos presa ao desfiar das águas, às cores



Mas, agora lembro ao ver esta agitação e força das águas, foi ali mesmo que decorridos dois anos, em Dezembro de 2013, morreram 6 estudantes, em praxes académicas estúpidas. Casos obscuros destas justiças caseiras.



Ao procurar no mapa descrições dos lugares que revejo - um encore nas minhas deambulações actuais - tantas casas, alojamentos, restaurantes, estão diferentes...

Uns envelheceram outros renovaram-se, totalmente virados para o "turismo" de classe média-alta e muito alta e, como se diz agora, arrecadar dele. Um passado que tão bem conheci há mais de 50 anos e que se repete, sem pudor e sem lei que o questione.


No comments: