Dos dias... do mar e do céu (e há-de haver muitos...)
Das terras de nomes estranhos (e há-de haver muitas...)
No dia seguinte fomos, com o nosso "descendente curioso", jantar e dar uma volta tardia a Olhão.
O que se vê e o que se aprende, ou reaprende, é muito. Por exemplo, que Al-Hain, Olham, Olhão, era lugar de águas, que foi primitivamente apenas um grupo de cabanas de pescadores, feitas em cana e colmo. Que foram os primeiros revoltosos contra os franciús aquando das invasões dos napoleones (1808). E tudo isso está ilustrado na decoração em zulejos dos bancos na beira ria-mar, o Jardim do Pescador. Foi chamada à terra Olhão da Restauração pois está documentado que um punhado de olhanenses se meteu num caíque, de seu nome "Bom Sucesso", e se dirigiu ao Brasil, ao governo de D. João VI, exilado à época. Coisassoltas nesta história que se vai reescrevendo em conhecimento de factos e lugares.A construção do edifício do mercado - uma beleza! - é de 1912.
Este era o aspecto do restaurante onde fomos. Pretensamente "na doca" dos pescadores, foi bom mas caro. Salvou-se a decoração com barcos e apetrechos do antigamente.
E lá ficamos de olho em Olhão para uma visita que mais tarde nos anos haveríamos de fazer, com tempo e com muita vontade de conhecer aquele colar de ilhas e canais fluviais em frente: Culatra, Armona, Fuzeta, Farol, Deserta, Hangares...
A Ria que havia de se chamar Maravilhosa, e é Formosa. Inexplicável encanto, toda ela. O que tenho visto através de uma dúzia de anos: aflige-me a falta de protecção desses locais, embora esteja escrito e declarado, etc etc.
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