Friday, 19 April 2024

Férias Algarve Set. 2011 - XV

Ah... por mais que queira ou não queira, Cacela Velha surge em muitas visitas. Nessa altura, 2011, era muito diferente. E eu a encontrar-lhe diferenças, pormenores, símbolos, luzes. Impossível não as descrever aqui, de novo, iguais ou semelhantes. Ano passado, 2023, algumas coisas tinham desaparecido e havia cá fora um enorme parque em terra batida, muitas caravanas, terraços e terraços instalados para a "happy hour", multidões, passeantes e instalados. Estas fotografias alimentam-me a ideia de que as coisas, as pessoas, os lugares, se tornam - que dizer? - insuportáveis para a minha maneira de ser. O remédio é evitá-los para não ficar sempre e mais frustrada.

(Para fugir à feieza, das coisas, da pessoas, das notícias. Às vezes penso que sou um bocado louca, ou como se dizia antigamente "tenho uma panca"... : a luz, o tempo, a coreografia do que observo, tudo me parece diferente. E muitas vezes É. Sempre que se andava na EN 125 eu via um anúncio de passagem English Supermarket, num entroncamento de ruas onde nunca fomos. Sempre pensava lá ir. E, da última vez, a custo o descobrimos, numa rua absolutamente secundária. Não é "abrangente", é até muito limitado, mas o que comprei deixou-me feliz e, naturalmente, fiz o "english breakfast" mal chegamos ao apartamento: perfeitamente ingleses, as salsichas, o bacon, os feijões (sabia lá eu que iria ter saudades de comer aqueles feijões horrorosos...), as diversas pies e "custard"!!! aquele creme amarelo-claro, com sabor a baunilha que "a chefe" usava na sobremesa do hotel, só ao domingo, ao almoço... ah as memórias!!!)

Adiante, pelas fotos, pela poesia:


Pelos recantos da igreja






Pelo pecado da gula


Pelos cantos da fortaleza, olhando e re-olhando a Ria




Já não estão lá as palmeiras, apenas o largo sem nada, nem o quadro azul com indicações que nos situava
... nem esta casa, esta paisagem
nem certamente este gato no muro que não existe...

O que me põe muito séria e desagradada: o nosso velho barqueiro contou-nos as histórias destas mansões, gentes, lugares impressionantes e únicos. Nunca lá vi ninguém.





E encontrei um ninho vazio...

O que me faz sorrir. A tessitura, o cuidado dos pequenos seres alados. É, para mim, encantador.

 


1 comment:

M. said...

Ficou a luz das coisas e das paisagens.