Kew Gardens II

Quando me dá para ter "uma" ideia, como esta dos Kews Gardens, perco-me em mil e outros aspectos que revejo. Agora com mais atenção-amor. Estou especialmente a escolher ver o que gosto, a ler de novo o que li a correr. A reparar em mais pormenores.

Os cactos, os diversos ambiente e as formas, a agressividade aparente e a beleza das cores, a singularidade de lugares ignotos, tudo foi adquirir conhecimento da esplêndida diversidade da Natureza. Viajar por outros mundos, ilhas e desertos. Recordo. Nas várias estufas que fui percorrendo.

 

Esta espécie de cactos extraordinária, na sua camuflagem para escapar aos predadores... e chamam-se "pedras vivas" por isso mesmo. Fiquei encantada por as conhecer no seu elemento!

Se me tivesse lembrado tiraria fotografias mais perto...

 

Este cacto, muito maior que eu, quase chega ao vidro da estufa!

Eu já tinha lido sobre Madagáscar, até visto documentários sobre essa ilha, com espécies que só ali "ficaram". E mais uma vez a referência ao Seed Bank, onde são recolhidas sementes, creio, algumas já de plantas actualmente extintas

A perfeição em família. Não tenho dúvida que as plantas "falam"... E penso o mesmo das pedras.

 A "tequilla" mexicana é feita a partir deste arbusto

Algumas florações de espécies tão exóticas

As mãos e os dedos desta plantazinha: devo ter andado para trás e para diante!

 

Kew Gardens I

E é que não sabia que os Kew são Património Mundial da Unesco. Li muito sobre eles, as construções, as plantações variadas, as estufas, o cuidado na sua preservação. E ainda patrocinam directamente e desde o ano 2000 o Millennium Seed Bank, com 2,4 biliões de sementes conservadas, de 39 mil espécies do mundo. O que acho admirável, pensar a nossa Terra para a frente apesar de tanta destruição. É neste género de gente em que acredito.

Portanto, à entrada de um dos caminhos tive logo duas saudações: camélias e um pisco de peito ruivo, saltitando perto, muito atento, até eu conseguir focá-lo a olhar

Passando à bela colecção nos lagos de nenúfares e lembrando sempre Monet:

As estufas

as flores da água e a diversidade das folhas

Acho que não tirei fotos a todas...

Gostando tanto da coloração das flores e das folhas, dos reflexos

Mal possa irei passar aos cactos..

Kew Gardens

Os momentos de prazer-saudoso. Lembrar passeios; isto por ter passado nos meus gostos recorrentes, no tal facecoiso que os vai agrupando, que é muito principalmente para que me serve. As fotografias que lá vi dos Kews eram dos lagos de nenúfares. Recordei o que há quase 10 anos se passeou, alguns pormenores perdidos no tempo breve de um dia pleno.

Olhando agora o mapa, vendo as horas das fotografias, reparo que às 11h da manhã se estava ainda no terminus da estação de metro, em Hammersmith. Tinham-nos indicado apanhar depois um autocarro que atravessava o Tamisa, e iríamos sair perto de uma das entradas dos jardins. Não tão perto assim mas deu para andar pelas ruas belíssimas, até lá. Era Abril.

Quantas vezes, agora, lamento não ter tirado mais fotografias!

Por exemplo: não tenho da entrada a que fomos chegados. Nem da bilheteira: uma senhora very british, talvez com idade semelhante à nossa, com quem falámos. Por acaso referimos que tínhamos trabalhado, em tempos, em Londres, sem nunca ter podido visitar os Kew Gardens. Com uma simpatia inesperada ofereceu-nos os bilhetes a preço reduzido, "como reformados"! Uns pequenos nadas que não se esquecem.