Sunday 13 October 2024

Pela casa fora...

"mudam-se os tempos" - não se mudam as vontades, em mim. Há traços (comigo) de carácter que sobrevivem há décadas. A tal espécie de figura "Ingénua" que me desenharam aos 14/15 anos?, a preto e branco. Em Outubro e Novembro, andando pela casa e à volta:

Espreitar um rectângulo das janelas e apanhar nuvens soltas avisando-me dos poentes que, se calhar, pouca gente vê: mesmo nas varandas da Foz...
 

Esta(s) luas entre a (minha) árvore que já não existe. Os imponderáveis que parecem sem importância: a morte da minha gata e o corte do acer negundo: foram companhia dos meus afectos.
A pequena planta sobrevivente de avós que tinha na varanda
E uma paisagem que nunca mais haverá: dos prédios desertos e das ruínas até chego a sentir saudades! Tenho, como é hábito nestes tempos, um hotel vistoso já construído, e um prédio de muitos andares e muitos euros que não faço ideia como irá ficar.
Valha-me o Leão e a Águia, as árvores que persistem ali adiante.
Luminosas e teimosas.

Foi esta a ideia que me veio à baila, nestes meses parecidos e diferentes. Nada é o que vejo, muito é o que sinto.

 


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