Saturday 13 January 2018

Holanda - Amsterdam II

Numa volta em redor, chegamos a Amsterdam para o passeio a pé. O guia português era um jovem com algumas piadas "para velhos", ou seja, de gosto duvidoso, e que preferencialmente se dirigia às pessoas que me pareceu já conhecer de outras viagens. A certa altura, juntou-se-nos o "guia holandês" e esse, palavra que era insuportável: "nós fizemos isto, nós fizemos aquilo", repetidamente, com uma superioridade e vaidade que não admitiam réplica: chegou a anunciar os preços de aluguer de casas e enunciar o que os heróicos naturais fizeram na II Guerra Mundial.
Dados os terríveis bombardeamentos que os nazis alemães ali fizeram, a Holanda rendeu-se em 7 dias. A II Guerra Mundial, até pelas suas repercussões e alianças, é uma mancha que profanou tantos países que o melhor, pelo menos em visitas turísticas, é falar nos prejuízos causados e deixar os heróis em sossego. Sabemos nós que para salvar a pele muitos desmandos se cometem.
Se Anne Frank e a família foi encoberta por holandeses, também há a teoria de ter sido um vizinho que os denunciou. E nada explica ou apaga os milhões de mortos e perseguidos nessa guerra de há pouco: cerca de 70 anos nos separam desses malditos.
Volto aos meus devaneios de passear no estrangeiro, sem nunca perder de vista a História e os seus ensinamentos.

Esta forma de pessoas conviverem com a água, diz muito do Homem e a sua adaptação à Natureza: da sua inteligência em aproveitar o que tem à mão.


E, o que iria verificar em todos os lados a que fomos ou passámos, a preocupação pela cor, os verdes e as flores ou plantas, a fruição do ar livre, é notável. Alegrando a rigidez do clima e dos dias e, aparentemente, aproveitando uma cultura multi-racial que enriquece quem a toma.

Passando ao largo da Praça dos Museus
e olhando o Stedelijk Museu de Arte Contemporânea, a banheira gigante ali pousada,  passando depois por cima do Voldelpark,

com uma vista de longe do Rijks Museum
o museu e bar da Heineker




a Sinagoga Portuguesa, séc. XVII, ainda em funcionamento,

o Albert Cuyp-Market, mercado de rua como a Feira da Ladra,

e o edifício contemporâneo da Stopera Dutch Opera e Ballet, onde se encontra também a Câmara da cidade,



e os canais, as estátuas e novamente os canais!

1 comment:

M. said...

E convosco continuo a viagem apreciando fotografias e textos. Logo o primeiro, o de abertura, caiu-me particularmente no goto. Rentes de Carvalho bem conhece este povo, nas suas qualidades e defeitos...