Saturday, 17 November 2018

Caminhos de Santiago VI - Montalegre

Andamos por ali, nas rotas do contrabando e das passagens "a salto". Com histórias de pasmar.
Saímos para Montalegre, cidade encravada entre as serras do Larouco, Barroso e Gerês, lugares com vestígios de terem sido ocupados em tempos muito remotos. Remota é a terra!
O que li depois sobre esta estátua, no Largo da Câmara Municipal. Tanta polémica houve sobre este navegador, em Portugal, em Espanha, no México e nos Estados Unidos da América.
Trata-se da estátua de João Rodrigues Cabrillo, português nascido em Cabril, Montalegre, mas que atravessou fronteiras, servindo a côrte espanhola (séc. XVI). Foi ilustre navegador e explorador da América Central, México e da costa oeste dos US, pasme-se, percorrendo a costa do Pacífico, descobrindo... a Califórnia!
Ali está ele, lembrando as ousadias dos portugueses desse tempo de Descobrimentos.
Acho uma piada ao encontrar estes ecos do tempo, procurando determinar os locais!
Os sinais e tudo ali tão perto!


Reparo que no granito das paredes, ficam tão bem as cores! Vermelho, branco, amarelo, verde

Visitando, longamente, o Eco-Museu do Barroso


Exposição dos trajes antigos, de festa e de trabalho

Os socos que a minha avó Vitória também tinha...e o garfo de ferro igualzinho, com que ela sempre virava os fritos

As capas para a invernia e neve


As ervas dos montes, adorável nome: as "Línguas de passarinho"


O xaile de merino, que também me lembro de estar guardado lá em casa e só era utilizado em épocas festivas - que eram poucas!

As promessas, as devoções, já em Euros

As belas visões do castelo, séc. XIV





E, do Largo do Gato (uma figura de gato no telhado!) partimos para o Hotel, por ali perto, finalmente parando um pouco,
e apreciando o poente lá para os montes do ocidente

com aquela espécie de névoa azulada que os vai cobrindo.

1 comment:

M. said...

Falando da História se vai fazendo também a nossa própria história.