Saturday, 18 January 2020

A outra Lisboa I

O que haveríamos de fazer depois, e sempre, que se foi a Lisboa.
Exactamente como turistas de longe, sendo de perto. Procurando os nossos traços e entrando "nas exposições".
Novamente me surge Fausto e as palavras de músicas que aprendi de cor:
"... em terras de pimenta e maravilha"


"... O escuro é muito grande
O tempo é muito frio
O mar é muito grosso
O vento é muito rijo..."
"... aquilo era o retrato do inferno..."
"...Ó ai meu bem
Como baila o bailador
Ó meu amor
A caravela também..."



Li e revi, o caminho, as tormentas, a Abertura do Mundo que estas nossas viagens proporcionaram
 "... Sonhei por muitos anos
Por esta hora chegada
De Lisboa para a Índia
Vou agora de abalada..."

E a história fascinante do nosso Poeta, do seu naufrágio, das suas letras e artes, salvas nem se sabe bem como

Já cá fora, a Rosa dos Ventos com um planisfério e figuras dos Descobrimentos. Como andar pelo mundo antigo, encontrando os dragões, os tritões, as sereias, ventos e barlaventos


Uma breve olhadela pelo CCB e os seus belos ângulos de luz.
Fui verificar que a grande exposição das obras da colecção Berardo no Museu foi precisamente inaugurada durante esse mês de Junho. Seria por isso que não se visitou, só pode, estes dias eram exactamente 1 e 2 de Junho. E eu tenho um especial afecto (mesmo tantos anos passados e tantas coisas controversas lidas sobre o Joe Berardo!) por este coleccionador de Arte, o seu eclético (ou até pouco claro) percurso. Seja o que fôr, tantas dívidas "obscuras" ou penhoras pagamos todos...,  este Senhor ao menos deixa a obra à vista!!!
E já fui a vários sítios com o mesmo objectivo: visitar o que ele, ou os seus conselheiros de arte, recolheu e expõe.







As vistas dos jardins beira-rio, os belos e coloridos jacarandás


Pegadas de pétalas

E parte-se a vista e a caminhada, para uma colina, em Campo de Ourique.
Tal como o grande terramoto de 1755, irei andando por lá, "rés-vés Campo de Ourique"!

1 comment:

M. said...

Notáveis as ligações que fazes. Belas as palavras, belas a luz e sombras, acolhedores os recantos.