Sunday 20 December 2020

Lisboa e diversas paisagens para Sul

De Alcântara descendo uma colina, encontro o anúncio da Música no CCB e Maria João Pires "com Beethoven" em dedos, como ela sabe. Tudo o que fui vendo, agora revendo, me parece ter vários sentidos.

Mais longe, uma pequena árvore resistente entre muros altos,
o nevoeiro dançando o seu bailado de brincar sobre o rio,
e, já a montante do Tejo, o paquete de cruzeiro que me deixou boquiaberta. Nunca tinha estado tão perto desses monstros dos filmes e notícias.
Depois de almoçar com e em família, a bela ponte que nos leva como num longo vôo,

a passagem por Alcácer do Sal que nos lembra os arrozais e as cegonhas. Já nem sei se ainda ali estão ou pousam, mesmo em escultura de ferro sugeridas. Em viagens mais tarde, fui reparando nas obras das áreas de serviço, agora com nome de pássaro - piu-piu que até nos distrai nas casas de banho...Uma fusão de "valores" e concessões "sonantes", agilizou!!! renovou completamente, alterou, fez crescer e subir os preços: tudo em nome do benefício do cliente. Que não tem para onde fugir, numa autoestrada. Lembrei-me de uma passagem do livro que ando a ler: ainda "A Caverna" de Saramago" e as suas palavras tão certeiras, onde está contida toda a filosofia das necessidades acessórias que nos impingem:

"Vender-lhe-íamos tudo quanto você necessitasse se não preferíssemos que você precisasse do que temos para vender-lhe."

Uma rua, já em Tavira, a que horas da noite!

Uma piada desanuviadora!


1 comment:

M. said...

Adoro a árvore das cegonhas. Linda!