Sunday 4 August 2024

Kew Gardens III

Estufas! Têm para mim (também) um lugar no coração. Onde vivi até aos 11 anos havia algumas pessoas que muito gostavam de plantas: e atrás dos vidros de uma simples janela mantinham amorosamente vasos pujantes. No "Palacete" também os ricos vizinhos tinham uma construção envidraçada desse género. Será daí o meu sonho de ter uma estufa, ao fundo de um quintal. Ou um terraço coberto de vidro, tipo varanda com cadeiras, mesa, plantas. E muitos quadros e fotografias na parede. Terraços e estufas que muitas vezes vejo nas publicações ou séries inglesas. Enfim!

A maior estufa dos Kew é a Palm House, construída em meados do ano 1800. Há mais... e há muitas informações sobre elas e os seus habitats que fui vendo e, agora, lendo. Mas como isto é a minha espécie de recreio pessoal e não serve de cicerone ou informação fidedigna, não me desbarato em pormenores literários ou literatos, apenas o que me foi importante ver/sentir. As horas são várias, entrada, saída e interiores

Um belo trabalho em ferro forjado e vidro, de uma leveza que nos transporta ao céu



A diversidade e a pujança das palmeiras em diálogo com a cobertura-barreira
Flores ou frutos?


O que se aprende...


De pés bem assentes na terra

Lembrei-me da música de Paul McCartney, com uma letra tão bonita: "Ebony and Ivory", 1982
"Why don't we?"
Os pensamentos que se entrelaçam

Subimos a bonita escada em caracol para ver as plantas, de cima
São mesmo uma maravilha!

Gosto desta preocupação pelos outros, os que passam, com informações e chamadas de atenção para coisas em que não se repara


Realmente "senti na pele"!

Imediatamente me lembrei de Jorge Amado e o seu livro "Cacau-Suor" sobre as plantações e o trabalho escravo no Brasil dos anos 30





Um gosto enorme, tanto mais que há imenso espaço pelo parque fora, para passear e espreitar a Natureza, lagos e edifícios variados. Uma única coisa destoa: a passagem constante de aviões, a caminho de Heathrow; não que se ouçam muito mas interferem com a paz na terra; e para estas coisas não sou "mulher de boa vontade"...


 

Terminando com o Great Pagoda, construído em 1762. Faço associações de ideias ubíquas (o pagode...), ou seja, como se conseguem conservar estes espaços, apesar das construções e novidades desenfreadas da actualidade.

 


Andou-se por lá das 12 às 18.00h (ou seja até às 6.00 pm!) e fotografias foram umas 500, entre os diversos apetrechos que se levaram. 

Mais uma vez me apetece dizer "so long..."

 

1 comment:

M. said...

Muito belo tudo isto que aqui vi e li.