Friday, 10 October 2025

Foz do Arelho em Março 2012

Dei uma volta por outros anos mais recentes, soltos na memória, e vim aqui parar agora. Quando se saía em Março há anos, e era uma festa começar a pensar na Primavera, nos passos tímidos da Natureza e na largura de horizontes. Esse início do ano 2012 foi bem difícil, não sei como conseguimos improvisar uma saída, seria uma fuga: uns dias na Foz do Arelho.

A primeira vez que ouvi falar nas Berlengas eu devia ser muito pequena. Foi o meu pai com os amigos do campismo que lá foram. Do que contou, e eu sempre prestava uma atenção (excessiva) ao que ele dizia, lembro-me de falar na solidão, nas pedras recortadas na paisagem imensa, nos coelhos, nas lagoas azuis entre as grutas, onde se via o fundo do mar. Tudo isso me ficou nas lembranças e nunca lá fui. Mas há uma espécie de magia, e o meu gosto por ilhas, nessa recordação. Fui procurar agora - uma das minhas manias quando (re) passo por estas coisas - e saber ou confirmar

- que são várias ilhas, além da Berlenga grande, os Farilhões e as pequenas ilhas Estelas

- que foi área protegida desde 1465 quando o nosso rei Afonso V ali proibiu a caça

- que é Reserva Natural e Mundial da Biosfera, nomeada pela Unesco, desde 2011 

Eis então a origem do meu encantamento e o tempo que demorei a vê-las, esperando o pôr-do-sol que era mesmo ali! 





Não são iguais, são momentos diferentes, pouco passava das 18.00, demorei meia hora até o sol desaparecer completamente e as vagas formas das ilhas se confundirem com as nuvens. Um sonho.

 


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